Galeria Mário Sequeira
Pode-se sinteticamente, resumir o projecto a um gesto.
O respeito pelo sítio, não tanto como paisagem, mas pelos hábitos e mentalidades inerentes ao " sentir " do lugar tornam-se evidentes aquando da inserção do edifício numa zona onde se cultivam os princípios de identidade do meio circundante e um forte sentido de preservação do mesmo.
O projecto de uma galeria de arte, com as particularidades e necessidades projectuais inerentes enquanto espaço com utilizações e funções específicas, que lhe permitem " viver " num subterrâneo onde consegue desempenhar todos os requisitos que lhe estavam propostos.
O silêncio visual mantido à superfície aumenta a expectativa do observador perante a dualidade da escala que se lhe depara: o nada à superfície e o muito no interior.
A gradação crescente da escala do espaço imposta ao observador, à medida que este se introduz no edifício, provoca-o e alimenta os contrastes existentes de luz, cor, escala...
Para complementar a elementaridade - simplicidade do programa - uma sala, foram criadas zonas de acessos, de circulação, que para além de enriquecerem o conjunto, aumentam o carácter " público " do edifício.
O espaço interior, aparentemente fechado, é aberto ao exterior no lado nascente permeabilizando-o com o exterior.